O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (JHC) conseguiu “limpar o terreno” no seu campo. Ao nomear para cargos na prefeitura apadrinhados deputados Fábio Costa, Alfredo Gaspar e Cabo Bebeto (inclusive os filhos dos dois últimos) conseguiu minar a possibilidade de candidaturas bolsonarismo e na direita.
Ao trazer para a prefeitura Arthur Lira – que teria hoje mais da metade do Orçamento do município no seu controle – JHC acaba com a possibilidade de uma candidatura no PP ou União Brasil, partidos controlados pelo presidente da Câmara dos Deputados.
O outro único nome com alguma possibilidade de disputar o mandato de prefeito dentro do seu grupo, o senador Rodrigo Cunha, no máximo é lembrado, no atual cenário, para disputar a vaga de vice.
O terreno pode estar limpo de um lado, mas do outro não. No grupo do governador Paulo Dantas já se sabe que a possibilidade de ter mais de um candidato a prefeito de Maceió no próximo ano é real.
A estratégia é fortalece um nome do MDB, que terá apoio do governo, com o objetivo de levar a eleição para o segundo turno, mas sem impedir, por força de “circunstâncias políticas” o lançamento de outros candidatos do mesmo grupo.
“Vamos ter candidato do MDB e polarizar”, avisa um influente interlocutor do grupo do governo. “Nosso candidato terá apoio do governo, mas se o PT quiser ter candidato é algo que precisa ser avaliado”, aponta
“Não dá para vai brigar. É circunstância política. Melhor conviver com a candidatura do que querer tirar, reforça interlocutor.
O argumento também vale para o ex-prefeito de Maceió, Rui Palmeira (atual secretário de Infraestrutura do Estado): “o Rui, que foi prefeito duas vezes, pode achar que deve ser candidato e se ele for para a disputa, sua decisão ser respeitada”, reforça o interlocutor.
Apesar da “compreensão”, o governo segue trabalhando para desgastar JHC e para ter, até o começo do próximo ano, um nome capaz de derrotar o atual prefeito. Mas essa é outra história.
Fonte – Blog do Edivaldo Júnior