Foram mais de dez anos de espera. E de esperança. A espera acabou na quarta-feira (12/7), data em que a primeira fábrica de leite em pó da agricultura familiar, do Norte e Nordeste do Brasil, fez o seu primeiro tete operacional.
“Conseguimos fabricar a primeira leva de leite em pó. É um grande passo, a realização de um antigo sonho”, comemorou o presidente da CPLA, Aldemar Monteiro, ao lado de técnicos e colaboradores o teste operacional da secadora de leite em pó, realizado na Unidade de Beneficiamento de Leite (UBL) de Batalha.
Em poucos minutos a notícia se espalhou pela cidade e pela região. Parceiro da CPLA na retomada da produção de leite em pó na região da bacia leiteira de Alagoas, o prefeito de Batalha, Wagney Dantas, respirou com alívio: “Toda a cidade comemorou. Batalha está em festa, afinal o leite é a nossa força, é a base da nossa economia”, aponta.
Wagney acredita que a operação na nova unidade vai fortalecer a cadeia produtiva do leite em toda a região. “Não é apenas Batalha. Tenho certeza que cada sertanejo, cada alagoano, está feliz com esse momento. Teremos uma fábrica de leite em pó capaz de fortalecer todo o nosso setor e o melhor é que é uma indústria voltada para o pequeno, para o agricultor familiar”, afirma.
Assim que foi informado operação da planta de leite em pó da UBL, Wagney conversou co o governador Paulo Dantas (que está em viagem fora do Brasil) por telefone: “o governador vibrou muito. Além de ser produtor de leite e cooperado, ele é um defensor do agricultor familiar e do cooperativismo. Desde quando foi prefeito de Batalha, depois como deputado e agora como governador Paulo Dantas deu todo apoio para este sonho da nossa cidade, da nossa região, se tornar realidade”, enfatiza.
Apoio
A prefeitura de Batalha tem atuado para atender demandas da CPLA. Além da doação de areás para construção de uma geradora de energia solar e pavimentação de áreas de acesso a indústria, Wagney Dantas conseguiu com o governador Paulo Dantas ações complementares, a exemplo da viabilidade do fornecimento de água brruta para a fábrica e de gás natural.
“Vamos apoiar, dar toda a condição, pois sabemos que esta fábrica, que vai gerar mais de 400 empregos diretos, além de movimentar nossa economia, trará benefícios para Batalha e região”, afirma.
Investimetnos
A nova planta da Cooperativa da Produção Leiteira de Alagoas começou a operar em fase experimental na quarta-feira (12/7). Serão, segundo a diretoria da cooperativa, mais 15 dias de testes operacionais, para oo início da fabricação do leite em pó em escala industrial.
Com investimentos que superaram os R$ 50 milhões, o projeto era uma grande desafio. Do fechamento da antiga fábrica da Camila a reabertura da planta, agora com equipamentos de ponta e capacidade ampliada, foram mais de 14 anos.
A planta, avisa Aldemar Monteiro, vai processar inicialmente a produção de mais de 2 mil cooperados ligado à CPLA atualmente: “com o pleno funcionamento da UBL vamos poder atender mais de 5 mil pequenos produtores e ter uma capacidade instalada de processar mais de 600 mil litros de leite por dia”, aponta.
A UBL, avisa Aldemar Monteiro, representa um virada de chave, uma reviravolta no setor leiteiro do Brasil. “Foi muito duro chegar até aqui. Muitos não acreditam, alguns tentaram nos atrapalhar. Conseguimos. Esta fábrica vai funcionar para atender milhares de pequenos produtores, de agricultores familiares, que passarão a ter a garantia de novos mercados, preço mais jutos e tratamento correto. Não vamos mais depender só do programa do leite”, aponta.
Nesta fase, ainda de testes, Aldemar avisa que a cooperativa tem contado com o apoio do governador Paulo Dantas e do prefeito de Batalha, Wagney Dantas, para realizar obras complementares, como pavimentação do pátio de acesso a fábrica ou a destinação de área para geração de energia solar. “Além disso, o prefeito e o governador estão trabalhando para garantir, por exemplo, o fornecimento de gás enganado e água bruta para nossa indústria, insumos essenciais para a fábrica funcionar com competitividade”, adianta.
Fonte – Blog do Edivaldo Júnior