O prefeito de Pilar, Renato Filho, conseguiu fazer o que muitos tentam e poucos conseguem na política de Alagoas. A partir da atuação no município conseguiu formar grupo político que prometia ser um dos mais fortes em Alagoas.
A mãe dele foi eleita e reeleita deputada estadual, sua mulher (hoje ex) foi eleita prefeita de Atalaia (cidade vizinha) em 2020 e ele chegou a ensaiar uma candidatura ao governo de Alagoas.
Os planos, claro, nunca deixam de ser óbvios: ampliar a base territorial e ocupar novos espaços.
A separação do casal (Renato e Ceci), no início deste ano, mudou tudo. O nome de Renato Resende (pai de Renato Filho) passou ser especulado como possível candidato de oposição. Ele seria o nome da família a tentar derrotar Ceci Rocha, eventual candidata à reeleição em 2024.Um encontro nada casual na semana passada entre a deputada estadual Fátima Canuto – mãe de Renato Filho – com a vice-prefeita de Atalaia, Camila Brasil, que está rompida politicamente com Ceci, botou mais “lenha na fogueira”.
Enquanto tem muita gente incentivando a briga, a turma do “deixa disso” começou a entrar em campo. Um importante interlocutor passou a defender, na família Canuto, a manutenção da relação política entre o grupo com Ceci. Afinal, ela manteria, em tese, o compromisso de votar na deputada Fátima. E essa seria a “chave” para evitar um rompimento.
E quem também está entrando em campo, para jogar água a fervura, é o senador Renan Calheiros. E no caso dele, além da proximidade que tem com a família, o peso de ser presidente do MDB em Alagoas.
Fátima, Renato e Ceci são filiadas ao MDB, votaram em Paulo Dantas e Renan Filho nas eleições de 2022 e seguem entre os políticos mais influentes do partido.
Renan deve atuar para manter os acordos já acertados e evitar um rompimento que, na avaliação de muitos aliados dos Canutos, só ajudaria a políticos que votaram contra Paulo Dantas e Renan.
Fonte – Jornal de Alagoas