O deputado federal Alfredo Gaspar (União Brasil – Alagoas) presidiu nesta quarta-feira, 14, uma audiência pública sobre o combate ao crime organizado no Brasil. O debate aconteceu na Comissão de Segurança Pública e trouxe o alerta da necessidade urgente em se adotar medidas para interromper o avanço das facções pelo país.
Para o deputado alagoano, o avanço do crime organizado no Brasil está relacionado à inércia do governo brasileiro nas ações de combate às facções, que logo se avançaram por todo o país. “O crime organizado acontecia nas grandes capitais, era coisa de cidade grande, mas eles conseguiram destruir o Brasil por completo. O crime organizado, seja através de líderes ou através de prepostos, está no Brasil inteiro, e a segurança pública está de joelhos, mas não pelos profissionais da segurança pública, mas pelos homens públicos que fazem esse país e não têm dado respaldo legal, o respaldo da autoridade, o respaldo do enfrentamento a esses bandidos que provocam tanta miséria”, afirmou.
Alfredo Gaspar ressaltou ainda que as autoridades brasileiras não têm ideia do tamanho das facções criminosas no país. “Eles saíram de algo muito incipiente para uma instituição organizada, que hoje supera os órgãos constituídos e está por todo território brasileiro. E a verdade seja dita, as autoridades brasileiras não sabem dizer o quanto essa empresa criminosa arrecada e repassa de drogas para o mundo inteiro”.
Em um discurso duro, o parlamentar alertou: “O Brasil um dia vai se arrepender de passar a mão na cabeça de bandido. Um dia o Brasil vai ver que isso que a esquerda defende de direitos humanos e proteção a bandido ainda vai colocar muitos brasileiros decentes debaixo da terra. E nós estamos aqui tentando mudar essa realidade”, afirmou.
A abertura do encontro teve a participação dos deputados federais Delegado da Cunha (PP/SP) e do presidente da Comissão Sanderson (PL/RS). Além dos convidados para tratar do tema, o diretor do Centro de Inteligência da Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo, Luis Guilherme Parra; do diretor do Sistema Penitenciário Federal da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), Marcelo Stona; Sandro Abel Sousa, diretor de inteligência Penitenciária (Senappen); do presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol) do Brasil, Rodolfo Queiroz Laterza, e do diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais de São Paulo (Deic), Fábio Pinheiro Lopes.