No município de Coruripe fica localizada a primeira e única unidade de depuração de ostras do Nordeste. A depuradora foi aberta em 2010, com o objetivo de gerar emprego e renda para a comunidade do povoado Barreiras. E, atender o consumo interno do exótico molusco. Mas, a unidade ficou fechada devido à falta de incentivos e trâmites burocráticos.
Nesta terça-feira (13), o prefeito Marcelo Beltrão e representantes do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS) se reuniram para debater a reabertura da Estação Depuradora de Molusco Bivalves.
“Aqui em Coruripe fica localizada a única depuradora do Nordeste desta iguaria tão consumida pelo alagoano e pelo turista. Aliada a um conjunto de ações e atividades que estamos implantando, no que diz respeito a geração de emprego e renda e a produção da ostra aqui no nosso município, vamos trabalhar com o Instituto pela sua reabertura. Além de todos os benefícios, temos também a certificação da Adeal no que diz respeito à sanidade e ao consumo da ostra depurada. Essa união vai proporcionar muitos benefícios ao nosso município e também ao turismo. Todos vão ganhar”, pontuou o prefeito Marcelo Beltrão.
A diretora da Regional Nordeste do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS), Roberta Roxilene, também falou da importância da parceria para a abertura da Estação de Depuração.
“A parceria com a Prefeitura de Coruripe é de extrema importância. O projeto tem como principal objetivo gerar emprego e renda para comunidades produtoras de ostras de Alagoas. As ostras depuradas fortalecem a cadeia produtiva e garantem a qualidade e a sanidade do produto, contribuindo com a geração de emprego e renda. Essa união vai contribuir com diversos benefícios sociais e ambientais”, afirmou.
O que é a depuração
O engenheiro de Aquicultura e coordenador Operacional do Projeto Ostras Depuradas de Alagoas, Marco Zanetta, explicou a importância da depuração do molusco antes do seu consumo.
“A ostra é um filtrador da natureza. Ela filtra tudo que se encontra na água e quando contaminada, acarreta danos à saúde do consumidor. Então, depois de retirada a ostra da água, a colocamos em tanques de água limpa com filtradores mecânicos e ultravioletas, e a ostra vai filtrar essa água tratada. Isso é o sistema de depuração, que garante segurança alimentar e agrega valor ao produto, explicou o especialista.
A unidade em pleno funcionamento tem capacidade de depurar ostras vindas de outras localidades. Além de depurar os moluscos que serão cultivados através de incentivo pelos nativos do povoado Barreiras.