A concorrência entre o senador Renan Calheiros (MDB/AL) e o deputado federal Arthur Lira (PP/AL) por espaços políticos se estabeleceu na campanha eleitoral de 2022 em Alagoas e se consolidou nacionalmente na transição do poder de Jair Bolsonaro (PL) para Lula (PT).
Aqui no Estado, Calheiros abraçou as vitoriosas campanhas de Paulo Dantas (MDB) e de Lula em resultados apertados no segundo turno (em Alagoas, a diferença para o governo foi bem maior no primeiro turno).
Lira, por sua vez, apoiou para o governo o nome do senador Rodrigo Cunha (União Brasil), que reagiu no final da campanha e foi derrotado por pequena diferença, e, para a Presidência da República, foi fiel aliado de Bolsonaro.
Horas após a confirmação da vitória de Lula, o presidente da Câmara dos Deputados já externava elogios ao vencedor, estabelecendo a partir dalí uma parceria que resultou em folgada reeleição para continuar comandando um dos cargos mais cobiçados do Poder Legislativo.
Nesses primeiros meses de 2023, Renan Calheiros e Arthur Lira têm protagonizado trocas mútuas de acusações e insinuações, com repercussão nacional em função da relevância que adquiriram – se o deputado é presidente reeleito da Câmara, Renan por três vezes presidiu o Senado Federal e continua um dos nomes de maior peso no seu MDB, ao ponto de fazer do também senador Renan Filho o Ministro dos Transportes de Lula.
O que tem levado a esse confronto entre essas duas lideranças: ambição, ciúme, inveja ou simplesmente busca por afirmação política?
Deixo com vocês a resposta…
Fonte – Blog do Flavio Gomes de Barros