A mudança de controle acionária da Braskem para a Adnoc depende unicamente do posicionamento de seus dois principais acionistas – a Petrobras e a Novonor.
A estatal brasileira de petróleo, não pode impedir que a Novonor negocie a venda de suas ações, mas pode exercer o direito de preferência. Ou seja, a Petrobras pode se tornar acionista majoritária da Braskem se a Novonor vender suas ações.
O senador Renan Calheiros, que tem sido um dos principais críticos do acordo realizado entre a Braskem e o Ministério Público para indenização de danos ambientais e sociais em Alagoas.
O acordo, denuncia o senador, foi feita sem participação das vítimas, governo de Alagoas e União – o que prejudicaria as vítimas do acidente ou crime ambiental da Braskem nos bairros de Maceió, além do estado de Alagoas.
Para ele, a venda é até possível desde que antes a Braskem pague o Estado.
” A Petrobras precisará renunciar ao direito de preferência e já tem 47% do capital votante. Não somos contra nenhuma solução acionária desde que a Braskem pague as dívidas com Alagoas”, aponta.
Negando
A Braskem (BRKM5) publicou na noite de terça-feira (06/6) posição de seus acionistas Novonor e Petrobras (PETR4) sobre eventuais negociação para venda de suas participações para um grupo formado pela estatal de petróleo de Abu Dhabi, Adnoc, e pela norte-americana Apollo.
Ambas as empresas reafirmam posicionamentos anteriores, de que não houve alterações nas discussões sobre eventual venda de suas participações na empresa, de acordo com o comunicado da Braskem enviado ao mercado em resposta a Comissão de Valores Mobiliários.
“A Novonor informa que, desde nossas últimas manifestações e até o presente momento, não recebeu qualquer proposta de potenciais interessados que implique em evolução material ou vinculante nas discussões que vem mantendo junto aos cinco bancos detentores da alienação fiduciária de sua participação indireta na Braskem”, diz trecho da nota.
Fonte – Jornal de Alagoas