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O presidente minimizou as críticas após encontrar Nicolás Maduro, no Palácio do Planalto, e disse que “houve muito respeito” na reunião com o presidente venezuelano, bem como que “críticas fazem parte da democracia”. A declaração foi feita no encerramento da cúpula com presidentes da América do Sul.
O presidente disse defender que cada país tenha sua soberania, que “ninguém é obrigado a concordar com ninguém” e ressaltou que a Venezuela faz parte do mesmo continente. “Houve muito respeito com a participação do Maduro. É assim que a gente vai fazendo”, declarou.
Ele afirma que vem sendo associado negativamente à Venezuela desde 2002 e confessou ter recomendado a Maduro o “caminho” para contornar a imagem do país, o que incluiria um manifesto sobre a democracia venezuelana assinado por partidos governistas e de oposição. “Eu disse que ele precisava de um documento com assinatura de todos os partidos de oposição, movimentos sociais, parlamentares, governadores e façam um abaixo-assinado e peçam respeito a soberania da Venezuela. O mundo elegeu uma pessoa que não existia. A Venezuela sofre bloqueios, é algo desumano que jamais deveria existir.”
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Lula também afirmou que, para destruir um adversário, a primeira coisa que se faz “é construir uma narrativa negativa dele” e disse já ter sido vitima dessa estratégia. O presidente do Chile, Gabriel Boric, já havia criticado duramente fala de Lula por reduzir violações aos direitos humanos à condição de “narrativa”, mas o brasileiro insistiu no termo e tentou se explicar.
Questionado pela imprensa, o presidente voltou a defender Maduro e ironizou: “Não é possível que não tenha o mínimo de democracia na Venezuela”, argumentou.
O petista questionou também por que a mesma exigência que é feita para a Venezuela não é feita para a Arábia Saudita. “É muito estranho. Eu quero que a Venezuela seja respeitada. Quero isso para o Brasil, para os Estados Unidos, para o mundo inteiro”, continuou.
Existe uma narrativa no mundo de que na Venezuela não tem democracia. Eu disse (ao Maduro) que é obrigação dele construir a narrativa dele com os fatos verdadeiros. Eu tive a oportunidade de ver isso, uma narrativa em que você determina que um cara é um demônio. A partir do momento que você cria a narrativa que ele é demônio você começa a jogar todo mundo contra ele. Foi assim que aconteceu com Chávez. Foi assim que aconteceu comigo.”
Fonte – UOL
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