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A safra de cana-de-açúcar chegou ao fim em Alagoas há uma semana. As moendas pararam em todas usinas do Estado. A Sumaúma, localizada em Marechal Deodoro, foi a última indústria a encerrar a operação no ciclo 22/23, um dos mais longos da história do setor.
Iniciada em 30 de agosto 2022, a moagem se estendeu até 18 de maio de 2023, por mais de 8 meses, quando normalmente demora seis meses em média.
A safra termina também confirmando o ciclo de recuperação do setor em Alagoas, iniciado na safra 2018/2019. Na moagem anterior (2017/2018) as usinas do Estado tiveram o pior desempenho da história recente da cadeia produtiva da cana, esmagando apenas 13,7 milhões de toneladas.
A partir da safra 2018/2019 foi iniciado um novo o ciclo de crescimento. No atual ciclo, todas as estimativas foram superadas – incluindo as feitas pelo Sindaçúcar-AL, que esperava uma moagem de até 19,5 milhões. O excesso de chuvas no verão de 2022, provocou uma recalibragem nos cálculos.
A safra se consolida como a maior em mais de 8 anos e consolida o processo de retomada do setor. “Graças a investimentos realizados no canavial e a política de equalização fiscal do Estado de Alagoas, conseguimos recuperar a produção. Nosso objetivo é continuar crescendo até atingir os patamares históricos de 25 milhões de toneladas”, aponta Pedro Robério Nogueira, presidente do Sindaçúcar-AL.
“Todas as usinas que estão em operação estenderam a safra com a determinação de só encerrar a moagem quando a chuva não permitisse mais a colheita. E assim foi feito. Os números preliminares apontam para um crescimento acima de 14% e para uma produção acima de 20,8 milhões de toneladas”, aponta o presidente do Sindaçúcar-AL, Pedro Robério Nogueira.
“O esforço para toda a matéria-prima, mesmo num período atípico, foi recompensado, tanto de fornecedor, quanto das indústrias”, afirma o presidente do Sindaçúcar-AL
Os números oficiais da moagem ainda estão sendo finalizados pelo departamento Técnico do Sindaçúcar-AL, mas o último levantamento aponta para uma produção acima de de 20,8 milhões de toneladas de cana, a safra 22/23 foi encerrada, ontem, em Alagoas.
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Com dados consolidados até o dia 15 de maio, o departamento Técnico do Sindaçúcar-AL divulgou o boletim quinzenal de nº 17, onde consta a moagem de 20,8 milhões de toneladas de cana.
O levantamento não contabiliza os números finais de cinco unidades industriais, que ainda estavam moendo, até a primeira quinzena de maio.
Segundo o boletim, na comparação com o mesmo período do ciclo anterior, quando o acumulado era de 18,2 milhões de toneladas de cana processadas, houve uma variação positiva de 14,2%.
Até o fechamento do levantamento, das 15 usinas no estado, apenas uma teve variação negativa de crescimento que chegou a -21%. As demais unidades registraram alta no volume de cana esmagada que variou de +1,6% até +33,4%.
De acordo com o boletim, até o dia 15 de maio, foram produzidas mais de 1,5 milhão de toneladas de açúcar e face ao mesmo período do ciclo passado, quando o acumulado era superior a 1,4%, houve um crescimento de 8,5%. Das 15 unidades, seis haviam processado uma quantidade menor de açúcar em comparação a moagem passada.
As usinas produziram ainda 480.807 milhões de litros de etanol. Ante ao mesmo período do ciclo 21/22, quando a quantidade do biocombustível acumulada era de 447.171 milhões de litros, foi registrado um crescimento de 7,5%. Das 15 unidades, apenas quatro tiveram uma produção menor face ao mesmo período da safra anterior.
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Trajetória
A agroindústria da cana-de-açúcar de Alagoas está em fase de retomada da produção. O setor viveu seu pior momento na safra 17/18, com a menor produção da história. A moagem foi de apenas 13,7 milhões de toneladas de cana – praticamente metade da média histórica alagoana (de 25 a 26 milhões de toneladas por ciclo).
A crise deixou suas sequelas. Até a safra 14/15, quando esmagou 23,1 milhões de toneladas de cana, o Estado tinha 19 usinas em operação. Atualmente apenas 15 usinas operam a cada ciclo.
Desde a safra 2017/2018, Alagoas vem tentando retomar, safra após safra sua produção histórica. E tem mostrado potencial para chegar lá. Depois do “fundo do poço”, em 17/18, com 13,7 mi de toneladas, a moagem foi a 16,5 mi em 18/19, depois 16,9 mi em 19/20, chegou a 17,03 mi em 20/21 e de 18,2 milhões de toneladas na safra 21/22.
Fonte – Blog do Edivaldo Júnior
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