O País precisa de uma reforma tributária, segundo o deputado federal Paulão (PT), mas, diz ele, uma parcela do Congresso Nacional não está nem um pouco interessada neste debate fundamental para a vida de todos os brasileiros.
O deputado, que será um dos representantes do PT na CPI do MST, considera essa discussão uma autêntica cortina de fumaça dos parlamentares de direita, diante de todo o desastre que foi o governo passado. “Eles querem fazer da impertinência um enredo político nacional”, destacou.
Para Paulão, o Congresso deveria estar discutindo o desenvolvimento social e a reforma tributária. “O Brasil precisa dessa reforma a, para arrecadar mais, cobrando impostos dos milionários que não pagam nada. Hoje, quem paga imposto é o pobre, a classe trabalhadora e a classe média”, declarou.
Diante disso afirma que a CPI do MST é apenas um factóide que uma parte da elite brasileira tenta criar para criminalizar os movimentos, principalmente o MST. “E eu quero dizer que o PT me indicou e que para mim é uma honra participar como titular dessa CPI”. Disse.
Debate qualificado na defesa dos movimentos
O deputado reafirmou que vai fazer a defesa dos movimentos agrários pela importância que têm na luta pela reforma agrária e pela sensibilidade do segmento de ser solidário com quem mais precisa, como foi o MST com os mais necessitados durante a pandemia. “O movimento produziu e distribuiu toneladas de alimentos com parte da população que estava isolada e passava fome, sem qualquer auxílio do governo, nem dos senhores do agronegócios, que lucram em dólares e investem em commodities e nas offshores espalhadas pelos paraísos fiscais”, acrescentou Paulão.
Por fim, disse que a bancada do PT vai manter um debate qualificado, com nível elevado e fazendo a defesa do MST, “até porque na minha avaliação, o Brasil tem uma dívida histórica, porque na América do Sul somos um dos poucos países que não fez a reforma agrária e a repartição justa de terras improdutivas no Brasil.”