De acordo com um levantamento feito pela empresa 4intelligence, startup de soluções que apoiam a tomada de decisão por meio da análise de dados, o Produto Interno Bruto (PIB) de Alagoas registrou a 5ª maior alta do país em 2022 com um avanço de 9,6%. A expectativa é de um crescimento de 4,5% neste ano.
Apenas os estados de Goiás (16,5%), Minas Gerais (10,9%), Amapá (9,9%) e São Paulo (9,7%) tiveram crescimento acima do alagoano.
A expectativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é de que a safra agrícola avance 73,2%, atingindo 182 mil toneladas. O motivo para esse aumento exponencial é por conta da área plantada teve um crescimento de 95,2%, saindo de 49,2 mil hectares no ano passado, para 96,04 mil este ano
Os dados mostram ainda que Alagoas deve ter uma safra recorde de feijão, com um aumento de 172,2% em relação ao ano passado. Trata-se do maior crescimento do País, segundo o IBGE.
Outro segmento que aponta para crescimento é o da safra de tomate, que deve crescer 185,8% este ano, ante 2022. Além dela, também é prevista alta na segunda safra de milho, que deve avançar 11,8% em relação à safra passada. Apesar do crescimento, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas em Alagoas corresponde a apenas 0,3% do total da safra brasileira, estimada em 302 milhões de toneladas.
Segundo a 4intelligence, o PIB nacional teve um crescimento de 2,9% em 2022. Em compensação, teve uma desaceleração de 0,2% na parte final do ano.
Mesmo assim, o período foi de crescimento, e os setores de Serviços e da Indústria foram os maiores responsáveis pelo balanço positivo, com alta de 4,2% e 1,6%, respectivamente.
Para 2023, a empresa prevê um crescimento de 0,7%. Com a perspectiva de recuperação do mercado interno chinês e de retomada robusta da produção agrícola, a previsão é de alta de 0,9%.
Domesticamente, os juros elevados e o alto grau de endividamento familiar devem frear o setor de Serviços – o principal motor do PIB de 2022. Em relação à Agropecuária, o cenário é de maior otimismo, pela expectativa de recuperação da produtividade.
O Nordeste fechou o quarto trimestre de 2022 com o maior resultado registrado entre as regiões brasileiras, com alta de 0,9% no seu PIB. O resultado positivo foi alavancado pelo desempenho da agropecuária e dos serviços, com crescimento de 5,7% e 2,3%, respectivamente. O resultado anual acumulado do PIB fecha na casa dos 5,6%.
Em 2023, o Nordeste deve apresentar o desempenho mais negativo entre as regiões, com queda de 1,1%, após crescimento mais forte em 2022. O principal motivador é o setor de serviços, que deve dar maiores sinais de desaceleração em 2023.
Pelo lado da indústria, o desempenho no último trimestre do ano foi praticamente neutro em relação ao trimestre anterior. No acumulado do ano, o setor industrial fecha com alta de 5,5%, atrás apenas de serviços, que teve crescimento de 6,5%. Levando em consideração o último trimestre de 2022, o levantamento aponta que o segmento de serviços cresceu 2,3% na região. Já o ramo do comércio teve alta de 3,5% no trimestre, fechando o ano com alta de 6,5%.