Perto de completar uma década, o processo de falência do Grupo João Lyra ganha um novo capítulo na disputa pela bilionária massa falida da usina Laginha. Agora, quatro dos seis herdeiros uniram-se para reclamar na Justiça mudanças na condução do processo de inventário do empresário e na falência da Laginha.
Antonio, Guilherme, Ricardo e Thereza Collor, filhos de João Lyra, querem a remoção da irmã Maria de Lourdes, a Lourdinha Lyra, do cargo de inventariante do espólio de João Lyra, falecido em 2021. Os irmãos entendem que Lourdinha vem sendo omissa em relação aos interesses do espólio na falência e descumprindo diversos deveres legais. Para os irmãos, ela deveria ter questionado o administrador judicial (AJ) da massa falida sobre o equacionamento da dívida tributária da Laginha.
Eles entendem que a má administração dessa dívida já causou prejuízos enormes ao patrimônio. O AJ teria deixado passar a oportunidade de reduzir a dívida tributária com base no programa de acordos lançado pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. O prazo para adesão ao programa era até 30 de dezembro de 2022.
Além disso, em 30 de março deste ano, o AJ teria sugerido que um terceiro fosse contratado para acompanhar as negociações com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e com a Fazenda do Estado de Minas Gerais (onde a Laginha já teve usinas) em torno da dívida tributária, além de elaborar um “planejamento tributário” para os próximos anos. O AJ recomendou o ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão para assumir a função.
Fonte – Extra