O presidente Jair Bolsonaro antecipou a venda direta de etanol da usina para os postos de combustíveis. A medida promete aumentar a competitividade no setor, reduzir custos operacionais e pode baratear o preço final para o consumidor.
Em Alagoas, a venda direta pode começar assim que o governo de Alagoas publicar o decreto de regulamentação.
Segundo diversas fontes ouvidas pleo blog, o documento já está pronto, aguardando apenas publicação no Diário Oficial do Estado.
De acordo com o secretário da Fazenda de Alagoas, George Santoro, o decreto define regras para tributação do etanol na venda direta.
A usina ou destilaria autônoma que optar pela venda direta vai atuar em regime de ST (Substituição Tributária), mesma modalidade do segmento hoje. Em Alagoas, empresas como Petrobras atuam no setor através de ICMS ST.
A expectativa do secretário é que a venda direta reduza custos de logística, dando condições para queda no preço ao consumidor. Outra vantagem é que a venda direta pode acabar com o “passeio” do etanol alagoano, que em alguns casos precisa ir a Pernambuco para ser misturado à gasolina e depois retornar ao Estado – no caso do anidro.
Mas não é só a venda direta que vai resolver. O preço da gasolina tem grande influência no mercado de etanol no Brasil. E quanto mais caro o combustível fóssil, mais caro o derivado da cana-de-açúcar. O preço também não deve cair do “dia pra noite”. As usinas que quiserem entrar nesse mercado vão ter que montar uma logística apropriada e arcar com custos de distribuição.
A venda direta, no entanto, deve trazer um benefício imediato para o setor sucroenergético de Alagoas. As usinas passam a ter mais uma opção de comercialização e podem fortalecer suas estratégias de negócios, com benefícios para toda a cadeia produtiva.
Fonte – Blog do Edivaldo Júnior