O senador Fernando Collor (PROS) anunciou, durante entrevista ao programa Ministério do Povo, na Rádio 98 FM Gazeta, na manhã desta terça-feira (25), que está trabalhando, em Brasília, no sentido de garantir recursos que possam viabilizar a reestruturação da antiga fábrica da Camila, no município de Batalha, região da Bacia Leiteira, em Alagoas.
O projeto de revitalização da indústria está em fase conclusiva de elaboração e há uma previsão de, em um tempo curto, já se ter informações concretas da verba assegurada pelo senador a ser direcionada para este empreendimento.
A expectativa de Collor é que, com a nova administração, a Camila volte a operar com capacidade máxima, gerando empregos diretos e contribuindo com o trabalho desenvolvido pelos produtores de leite. Atualmente, a fábrica está sob o manto da CPLA [Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas], que reúne mais de 1 mil associados em todo o estado.
“Já estamos trabalhando neste projeto de revitalização e, com esforço empregado desde agora, pretendemos viabilizar estes recursos para que cheguem o quanto antes para que esta indústria tão importante seja reestruturada”, destacou o senador, durante a entrevista.
O presidente da CPLA, Aldemar Monteiro, disse estar ansioso para que a Camila volte a ser um elo do desenvolvimento da produção de leite em Alagoas. “Queremos agradecer o empenho do senador Collor no sentido de trabalhar para liberação destes recursos e por batalhar, em Brasília, para a manutenção do Programa do Leite”, afirmou.
Quando se refere a este programa, Aldemar cita a articulação feita pelo senador alagoano, que garantiu, junto ao Governo Federal, o dobro de recursos para a iniciativa. Collor anunciou que, após conversas exaustivas, conseguiu a liberação de quase R$ 20 milhões (eram R$ 10 milhões) ao Programa do Leite em Alagoas.
“Como o programa necessita de uma contrapartida de 20% do Governo do Estado, o convênio com o Ministério da Cidadania ainda não foi assinado, o que é lamentável, dada a importância deste programa para o nosso estado, sobretudo à agricultura familiar”, avalia Monteiro. Segundo a CPLA, mais de 39 mil agricultores familiares em Alagoas se declaram produtores de leite e são beneficiados, diretamente, com este projeto federal.
Na entrevista à rádio, Collor disse estar preocupado com a demora em o Programa do Leite ser retomado. “A negociação com os ministérios, em Brasília, durou mais de 30 dias e a condição imposta pelo Governo Federal, para que o programa seja retomado, é que o Estado pague as parcelas atrasadas e, quando ficar adimplente, possa dar a contrapartida”.
A prefeita de Campo Alegre e presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), Pauline Pereira (Progressistas), afirmou que o Programa do Leite atende a mais de 80 mil alagoanos. As famílias cadastradas recebem o produto toda semana, mas, com a suspensão do projeto, desde janeiro, estas comunidades mais carentes ficaram de fora do benefício, já que os produtores, sem receber, deixaram de fornecer.
“Já encaminhamos vários ofícios ao Governo do Estado pedindo a retomada urgente. Semana passada, foi anunciada a retomada com algumas mudanças no sistema que controla o fornecimento e repasse. Paralelo a isto, o conselho do Fecoep [Fundo Estadual de Combate à Erradicação da Pobreza] aprovou, no dia 5 de agosto, a liberação de recurso, na ordem de R$ 10 milhões, para pagamento das parcelas atrasadas. Só falta a assinatura do convênio”, revela Pauline.
Ela informou que faria contato com o governador Renan Filho (MDB), nesta terça-feira, para, mais uma vez, cobrar agilidade no processo de retomada do programa.
Fonte – GazetaWeb