Um acidente ocorrido há cerca de dois meses, envolvendo um caminhão da Prefeitura de União dos Palmares e uma moto, que resultou na morte do jovem José Elias Pereira da Silva, de 19 anos, está sendo motivo de dor e revolta por parte da família da vítima.
A questão, segundo João do Artesanato e pai do jovem, foi com a atitude tomada pelo motorista do veículo e pelo prefeito Areski de Freitas, o Kil (MDB), após o acidente. Além disso, ele afirma “querer Justiça” pela morte do filho, uma vez que comentários circulam na cidade afirmando que o rapaz é culpado pelo ocorrido.
À época, o jovem chegou a ser socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado ao Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), mas devido à gravidade, teve que ser transferido para o HGE, onde morreu quatro dias depois.
Ciente dos fatos e como forma de “abafar o caso”, Areski teria ido até a residência de João e lhe oferecido um emprego de vigilante em uma Unidade Básica de Saúde recém-inaugurada, no Conjunto Nossa Senhora das Dores, popularmente conhecido como Vaquejada.
Na ocasião, o pai da vítima disse ter negado o convite e que o próprio prefeito alegou reconhecer a fatalidade, afirmando que “o motorista matou sem querer, mas matou”. E ainda teria orientado: “Ele fez muita besteira. Coloque ele na Justiça, procure os seus direitos”.
Enquanto o filho estava com vida, a mãe conta que não foi oferecida nenhuma assistência à família. “Ele não foi na minha casa, não deu assistência nenhuma. Pra ir a Maceió, nós já estávamos indo de favor com a ajuda da família. Enquanto eu tiver com vida, vou lutar pra saber a verdade”, afirma.
O fato é que, até o momento, mesmo sofrendo com a situação João luta na tentativa de esclarecer os fatos, enquanto o prefeito e o motorista do veículo envolvido no acidente continuam calados acerca do ocorrido. “Agora o que dói é a pessoa passar nos lugares e as pessoas dizendo “seu filho tá errado””, diz a mãe.
Fonte – BR-104