Em meio à pandemia, a caça aos votos do maceioense já começou. Ainda assim, a campanha eleitoral não empolga a maioria do eleitorado. “Mas, com 13 pré-candidatos até o momento, monótona é que ela não vai ser”, aponta Marcelo Bastos, da MB Pesquisa e Consultoria, que tem se destacado por analisar o processo eleitoral em Alagoas e, principalmente, na capital do Estado.
Até o momento, a pré-campanha se concentra nas redes sociais. Ainda assim, Bastos avalia que “com tantas opções de centro, direita e esquerda, o eleitor tem pouco tempo para se decidir e para conhecer programas, projetos e ideias”.
No momento, a expectativa é de queda no número de votos válidos, em função de eventual crescimento da abstenção e dos votos nulo e branco em função da pandemia. “A eleição está diluída, em termos de votos, entre os candidatos. Por mais que digamos que vai ter uma grande abstenção, maior que as outras eleições, já que o pessoal de mais idade não saia de casa para votar por causa da questão do coronavírus, teremos segundo turno porque não tem ninguém disparado. Com 13 candidatos é impossível não ter segundo turno”, diz Bastos em entrevista à Gazeta de Alagoas.
Na disputa pelas 25 vagas de vereador, Marcelo avalia que já existam 640 pré-candidatos na disputa. “Cada partido pode inscrever até 38 nomes, já que não tem mais coligação. Agora aumentaram de 21 para 25 vagas, isso também altera o coeficiente eleitoral. Em 2016, o coeficiente foi em torno de 20 mil para cada vaga. Este ano, com o novo cenário, o coeficiente deve cair para 17 mil votos”, analisa.
Novo formato
Na majoritária, segundo Bastos, a eleição deve ser diferente de todas as outras. Será uma campanha sem povo: “essa é uma eleição atípica, pois diante da pandemia, aquele trabalho de corpo a corpo, aquelas caminhadas, principalmente na periferia, com um mundo de gente, é muito provável que isso não aconteça, pois se o candidato o fizer será uma anti-propaganda para ele”, pondera.
Na avaliação de Marcelo serão candidatos Alfredo Gaspar de Mendonça (MDB), JHC (PSB), Ronaldo Lessa (PDT), Davi Filho (PDT), Corintho Campelo (PMN), Ricardo Santa Rita (Avante), Cícero Filho (PCdoB); Cícero Almeida (DC), Josan Leite (Patriota), Lenilda Luna (UP), Ricardo Barbosa (PT), Basile Christopoulos (PSOL) e Flávio Moreno (PSL).
Com base nos dados das últimas pesquisas e nas suas observações, Marcelo avalia que apesar do grande número de candidatos, a disputa deve orbitar em torno de quatro nomes: Gaspar, JHC, Lessa e Davi. “Temos hoje 13 pré-candidatos, porém são esses quatro que irão brigar. É uma eleição que promete ser uma das mais acirradas dos últimos tempos. Porém política e eleições são um fato dinâmico e basta um fato novo para mudar todo o cenário.”aponta.
Fonte – Blog do Edivaldo Júnior