
A Petrobras confirmou, nesta quarta-feira (16), durante Assembleia Geral Extraordinária (AGE), o pagamento de R$ 9,1 bilhões em dividendos referentes aos resultados do quarto trimestre de 2024. Na mesma ocasião, os acionistas da estatal elegeram os novos integrantes do Conselho de Administração da companhia.
O novo colegiado, composto por 11 membros, seguirá com maioria de indicados pelo governo federal, que detém direito a seis cadeiras. Outros quatro assentos ficam com acionistas minoritários, e um é reservado aos representantes dos funcionários da empresa.
Mudanças no conselhoA eleição contemplou oito vagas no Conselho de Administração. Dentre os conselheiros indicados pelo governo, houve apenas uma mudança: José Fernando Coura, da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), entrou no lugar de Vitor Saback.
Pietro Mendes foi reconduzido à presidência do conselho. A atual presidente da Petrobras, Magda Chambriard, também teve seu nome aprovado para seguir integrando o colegiado. Além deles, os conselheiros Bruno Moretti, Rafael Dubeux e Renato Galuppo foram reconduzidos aos seus cargos.
Por parte dos acionistas minoritários, João Abdalla Filho e Aloisio Macário Ferreira de Souza também foram reconduzidos como representantes no conselho.
Divisão de lucros
Durante a AGE, os acionistas aprovaram com ampla maioria a distribuição dos R$ 9,1 bilhões em dividendos. A proposta teve 85,44% dos votos favoráveis, 0,04% contrários e 14,52% entre votos em branco e abstenções. A distribuição desses valores já havia sido aprovada previamente, em fevereiro deste ano.
Os dividendos representam a parcela do lucro líquido da empresa repassada aos acionistas. No total de 2023, a remuneração aos investidores somou R$ 75,8 bilhões, sendo R$ 73,9 bilhões em dividendos e Juros Sobre Capital Próprio (JCP), uma forma alternativa de remunerar os acionistas, baseada no patrimônio líquido da companhia. Além disso, R$ 1,9 bilhão foi utilizado em recompra de ações.
Com a nova configuração do conselho e a confirmação da distribuição de lucros, a Petrobras reafirma seu compromisso com a governança e a rentabilidade para os investidores, ao mesmo tempo em que se prepara para enfrentar os próximos desafios do setor energético.