O MDB é a próxima meta de Jair Bolsonaro. Embalado pelos afagos e métodos do Centrão, o presidente agora quer o MDB como bloco de sustentação de sua base aliada dentro do Congresso Nacional.
Há no partido vários atores trabalhando neste caminho. Principalmente, depois que Bolsonaro se aproximou mais de Michel Temer e lhe fez um agrado, colocando-o como chefe de uma missão no Líbano.
Michel, o MDB e o Centrão, assim como o próprio presidente, são símbolos da chamada “velha política”, embora ele tenha sido eleito para o Planalto, pregando a chegada da “nova politica”.
Com 35 deputados, o MDB tem a quinta maior bancada da Câmara e entre eles algumas lideranças consideradas “raposas felpudas” na arte de negociar tudo no parlamento.
O certo é que a aliança com Temer facilita a ação governista, considerando que o ex-presidente que sucedeu Dilma Rousseff, é um dos caciques da política nacional e tem amplo controle das ações partidárias.
Não foi por outra razão que dirigentes do MDB já sinalizaram ao Planalto que votarão em bloco com o governo na proposta da Reforma Tributária.
O quadro que se monta, visando a reeleição de Bolsonaro, é tipico do xadrez político, quando se chega ao poder. O que foi dito antes é passado, ou meras palavras ao vento.
Para quem chega lá, o importante é seguir à onda das voltas que o mundo dá.
Nessa história toda, cabe uma pergunta caseira: Qual será o papel do senador Renan Calheiros nesse acordão?
Fonte – É Assim