O PSDB de Alagoas hoje é apenas uma sombra tênue do que foi no passado recente. O ex-governador Téo Vilela conseguiu fortalecer o partido. No final de 2017 transferiu o comando do tucanato para Rui Palmeira, naquele momento o nome da oposição para disputar o governo contra Renan Filho.
O ninho tucano em Alagoas maior representatividade até as últimas eleiçõe. Para lembrar, eram 4 deputados estaduais, um deputado federal, 17 prefeitos – incluindo as duas maiores cidades do Estado: Maceió e Arapiraca.
Desde então, mesmo tendo eleito o senador Rodrigo Cunha nas eleições de 2018, o partido vem desidratando. Depois de perder metade da bancada na ALE, divergências internas aprofundaram a crise.
No final de 2019, foi a vez de Rui Palmeira passar o bastão para Rodrigo Cunha. Os dois divergiam sobre a eleição de Maceió e o partido preferiu dar o comando ao senador. Em seguida, o prefeito e vereadores deixaram o PSDB em Maceió, num movimento que foi replicado em alguns municípios.
Agora, o PSDB corre o risco de “desaparecer” do cenário político e eleitoral, começando por Maceió. O partido tinha 4 vereadores e o prefeito da capital. Hoje, não tem mais nada. E a chance é de eleger um vereador ou nem isso.
Com a morte de Rogério Teófilo, o PSDB perdeu a prefeitura de Arapiraca e também o comando dos 8 vereadores tucanos no município. Eles já avisaram que vão montar projeto independente.
Os dois deputados do PSDB na Assembleia Legislativa de Alagoas surpreenderam ao anunciar que vão apoiar o pré-candidato a prefeito do PP em Maceió.
Dudu Ronalsa e Cibele Moura declararam voto publicamente e até o momento o PSDB, que tem compromisso com o pré-candidato do PSB, fez ouvido de mercador.
Com poucas chances de eleger prefeitos e vereadores nas maiores cidades de Alagoas (em Arapiraca e Maceió e nas cidades com mais de 50 mil habitantes o partido já é carta fora do baralho na majoritária), o PSDB ainda enfrenta uma batalha silenciosa entre seus dois principais líderes.
O partido até agora não conseguiu sequer confirmar que terá a vaga de vice na chapa de JHC, mas a indicação alimenta uma divisão.
Em nota, a presidente do PSDB em Maceió, Tereza Nelma, avisou que vai indicar uma mulher para compor a chapa majoritária como vice. Rodrigo Cunha, pelo que se sabe, quer outro nome.
Essa queda de braço, se não for bem conduzida, pode tornar o PSDB ainda menor do que é.
E a continuar assim, não sobrará um “partido” para Rodrigo Cunha disputar o governo em 2022, como pretende. No máximo, terá uma “legenda”.
Fonte – Blog do Edivaldo Júnior