
Entre os dias 14 e 25 de abril, escolas públicas de todo o Brasil estarão mobilizadas em uma ampla campanha de vacinação, voltada a crianças e adolescentes com até 15 anos de idade. A iniciativa integra o Programa Saúde na Escola (PSE), uma parceria entre os ministérios da Saúde e da Educação que visa ampliar a cobertura vacinal e promover o cuidado integral no ambiente escolar.
Segundo o Ministério da Saúde, a mobilização de 2024 é a maior da história do programa, com adesão de 5.544 municípios, 109,8 mil escolas públicas e alcance estimado de 27,8 milhões de estudantes — o que representa cerca de 80% das instituições públicas de ensino básico.
A meta é vacinar 90% dos alunos, com foco nas seguintes vacinas: febre amarela, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), DTP (tríplice bacteriana), meningocócica ACWY e HPV, conforme a faixa etária de indicação. A vacinação será realizada por equipes do Sistema Único de Saúde (SUS) diretamente nas escolas ou em Unidades Básicas de Saúde (UBS), com autorização prévia dos responsáveis.
“A escola representa uma grande oportunidade para vacinarmos esse público. Crianças e adolescentes entre 9 e 14 anos nem sempre frequentam as UBSs. Por isso, aproveitar o espaço escolar para vacinar é fundamental”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Para viabilizar a operação, o governo federal liberou R$ 150 milhões, sendo R$ 134 milhões destinados aos municípios e R$ 15,9 milhões aos estados, considerando as características locais e as dificuldades logísticas.
A vacinação nas escolas passa a ser reconhecida como estratégia específica e contará com um campo de registro padronizado no sistema do SUS, “Vacinação Escolar”, permitindo maior monitoramento do impacto da campanha.
Inclusão e fortalecimento da saúde nas escolas
O PSE também tem promovido ações de saúde voltadas a populações mais vulneráveis. Das escolas participantes, 53,6 mil têm maioria de estudantes beneficiários do Bolsa Família, 2.220 estão localizadas em territórios quilombolas, e 1.782 possuem estudantes indígenas.
Desde 2022, o programa ampliou significativamente suas atividades. Houve crescimento nas áreas de saúde mental (77,68%), atividade física (73,61%), saúde bucal (67,01%) e verificação da situação vacinal (35,30%), consolidando o papel das escolas na promoção da saúde e prevenção de doenças.
A campanha representa um esforço coordenado entre governo federal, estados e municípios para recuperar os índices de imunização no país e garantir um ambiente escolar mais saudável e protegido para milhões de estudantes.