Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), encerrada no dia 6 deste mês, trouxe um panorama sobre as perspectivas econômicas e administrativas dos prefeitos em todo o Brasil. O estudo, que contou com a participação de 4.473 prefeituras (80,33% do total), revelou que 38% dos gestores estão pouco confiantes em relação à economia nacional para 2025. Apesar disso, 80,9% das cidades afirmaram que fecharão as contas em 2024, enquanto 13,9% projetam encerrar o ano no vermelho.
Cenário em Alagoas é mais otimista
Em Alagoas, o cenário parece mais animador. Entre os 56 municípios que responderam à pesquisa (equivalentes a 55% do total no estado), 80% dos prefeitos afirmaram que conseguirão equilibrar as contas neste ano, e apenas 9% admitem que entrarão em 2025 com débitos pendentes. Ainda, 98% dos gestores disseram estar com os salários dos servidores municipais em dia, sendo que apenas um prefeito relatou atrasos na folha de pagamento.
Com relação ao pagamento do 13º salário, a pesquisa revelou que 82% dos gestores alagoanos pretendem quitá-lo em parcela única, enquanto 14% optarão por parcelamento. Em 34% dos municípios, o benefício já foi pago, e outros 57% prometem concluí-lo até o dia 20 de dezembro. Apenas 4% dos gestores declararam que atrasarão o pagamento, enquanto 5% não responderam à pesquisa.
Dificuldades em gestão no estado e no país
No cenário nacional, os principais desafios enfrentados pelos municípios em 2024 foram a crise financeira (71,2% das respostas) e a instabilidade política e econômica (52,1%). Já em Alagoas, os prefeitos apontaram outros fatores que impactaram a gestão. Entre os 33 municípios do estado, o Censo Demográfico e as estimativas populacionais causaram problemas de planejamento financeiro. Além disso, os reajustes salariais concedidos após a pandemia aumentaram as dificuldades para a administração pública em 2025.
A pesquisa da CNM destaca um contraste entre o otimismo dos gestores alagoanos e o pessimismo em outras regiões do país. Apesar dos desafios, os prefeitos no estado demonstram maior confiança na administração financeira e na manutenção de compromissos com servidores e fornecedores.